sábado, 20 de agosto de 2011

Canção da angústia


Cadê a rosa de Carlos
Cadê a flor de Vandré
Cadê o grito de fé
Que eclodia dos bravos

Há cem milhões de escravos
Reféns vagando nos guetos
Sem que se ouça canções
Compostas por insurretos

O crime vem dos castelos
Exploram os favelados
Roubam até flagelados
Negando que há flagelo

Eu quero a rosa de Carlos
Pesando como um martelo
Na alma dos delinqüentes

Eu quero toda essa gente
Pagando, com a liberdade
Pelos vícios do poder

Eu quero a flor de Vandré
Atropelando os canhões
Da farsa e da mentira

Eu quero o poder da lira
Expulsando os vendilhões
Da pátria e da boa fé


Vicente Portella

3 comentários:

  1. Dom Vicente, você está certíssimo, perdemos a capacidade de protestar, de nos indignar, estamos numa letargia em que nada vale nada. A situação atual é: Cada um por si e Deus contra.

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  2. http://devoltaaob612.blogspot.com/
    veja lá o meu tb
    adorei esse espacinho aqui, tô me sentindo em casa!!!

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  3. Eu também quero!!!
    Assino embaixo, meu poeta!
    Beijo

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